segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

A culpa não é totalmente das estrelas.

Odeio chorar na frente dos outros. Odeio.
Sempre me sinto dramática e detesto demonstrar fraqueza.
Gosto que as pessoas me vejam como uma pessoa alegre, mesmo eu sendo exatamente o antônimo disso.
Não importa o quão crítica seja a situação, eu olho para cima e me obrigo a segurar o rio que quer escorrer de mim.
Mas eu sou fraca, tão fraca... Se você soubesse o quão frágil eu sou, nem espirraria perto de mim com medo de me desmontar.
Queria ter o prazer de chorar no colo de uma amiga, recebendo carinho e podendo desabafar. Mas não consigo.
Esses demônios não saem de mim, mas não param de gritar nos meus ouvidos.
"Não posso afogar os meus demônios pois eles aprenderam a nadar."
O que eu não daria por um pouco de felicidade agora... Alguém ao meu lado que pudesse ser um porto seguro, pelo menos por esse momento.
Acredito que as pessoas tem um pequeno pote de sorte para usar durante a vida, e eu já gastei todo o meu. Ou ele foi roubado.
Acredito também que o universo sente prazer em me ver infeliz, que as pessoas adoram foder com o meu psicológico. A culpa não é totalmente das estrelas, mas sim minha por ter gastado todo o meu pote.
Sinto saudades de quando o meu coração batia e não apenas se mantinha apertado, agoniado, do jeito que está agora. Saudade de quando ele poderia transbordar alegria para quem quisesse pois tinha de sobra.
Sinto saudade de me sentir viva e não simplesmente existir.
Se bem que no momento, tudo o que eu ando querendo é morrer.
Abomino esse estado morno em que me encontro, de que não faz sol, mas também não chove, de pura inércia.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Mente segura.

Estou tentando não criar expectativas para mais nada. As coisas nunca dão certo, e eu sempre acabo frustrada no final.
Mas a minha alma de 'sonhadora' não me ajuda nessa parte, quando eu percebo, já fiz mil planos para cem coisas. Algumas até que eu tenho certeza que não aconteceriam nem em um universo paralelo onde meu sobrenome fosse 'sorte'.
Tento manter a esperança de que o futuro seja melhor, mas é um sentimento leve. A chave é não especificar o que eu quero, e seja lá o que acontecer, vai me surpreender.
Vou torcer para que seja de um jeito bom, pois as coisas que andam acontecendo estão me assuntando, me fazendo quase preferir pela segurança do tédio; onde meu coração não acelera, mas também não se parte.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

E eu chorei. Por sentir tanta coisa, menos felicidade.

 
Ei, eles estão achando que eu estou bem, estão achando que eu superei e que a cada dia eu estou melhor… Mal sabem eles o quanto estão enganados. É justamente o contrário. A cada dia eu fico pior, a cada tic-tac do relógio eu vou para mais longe de você, a cada segundo que o relógio bate, é uma prova, um soco no meu estômago mostrando o quanto você não se importa. A cada dia eu pioro a minha situação. Mas eu não peço ajuda, não me apoio no ombro de ninguém para chorar. Vão me achar dramática, e dizer que você não vale a dor. Mesmo eu concordando com a última parte, não dá pra fazer meu coração parar de doer. Na verdade o meu corpo inteiro dói. Como a Blair mesmo disse.
Sabe aquela musica que um dia eu cantei pra você? Eu não disse que havia uma parte que eu entendia, a do ‘de todas as coisas que gosto, você é a que eu menos gosto de gostar’. Mas agora eu entendo. Trocaria esse meu sentimento por você, por qualquer coisa no mundo. Até um ‘Vale Milk Shake’ do Bob’s. Ou por um prato de feijão. Você sabe o quanto eu odeio feijão…
Falando em odiar, aprendi a gostar de ‘berros’, daquelas músicas que você vivia pedindo para eu escutar. Não só pelo fato de que elas são uma maneira de ter você aqui perto de mim, mas sim pelo fato de não conseguir lidar com os pensamentos na minha cabeça.
Sabe aquela tristeza que eu estava sentindo quando ainda estávamos juntos? Acho que eu pressenti o que estava para acontecer. Você era o que me salvava e ao mesmo tempo o que me fazia mal. E continua assim.
Eu sinto tanto a sua falta, bebê. Sinto tanto mesmo… Eu não queria sentir isso. Tira isso de mim, por favor. Tá doendo, tá machucando. Eu não quero continuar com isso aqui dentro de mim. Por favor, para. Acaba logo com essa minha dor.
Meu maior desejo continua sendo estar morta.
Porque eu já estou, parafraseando aquela música da Taylor Momsen, “My body breathes, heart still beats but I am not alive”. Mas seria melhor se eu estivesse morta de verdade, à 7 palmos abaixo do chão.
Eu gostaria de ver o meu enterro. Ás vezes devaneio sobre como seria a sua reação ao receber a notícia da minha morte. Você viria ao enterro, não? Diga que sim, por favor. Eu ficaria muito feliz. E você choraria? Eu espero que sim. Por mais que eu sempre tenha odiado te ouvir chorar, me faria muito bem saber que você sente a minha falta.
Falando nisso, você pensa em mim quando está sozinho? Eu rezo para que sim. A última esperança que me resta é pensar que você sente pelo menos um décimo da saudade que eu tô sentindo. Ou um milésimo. Lembrando com carinho de mim, tudo bem.
Bernardo, ficar sem você está sendo a coisa mais difícil que eu já fiz na vida, até agora. E acho que isso só vai ser superado quando eu ver você se casando.
Não que você vá me convidar, claro. Mas eu estarei lá, bem no fundo da igreja, olhando o seu sorriso, o mais bonito do mundo, direcionado para a garota que costumava ser eu.
Eu não fiz nada de errado, sei disso, mas não devo ter feito nada certo, também. Se pra você não foi o suficiente, então eu não servi.
Mas você fez as coisas certas comigo, e certas até demais. Disse uma coisinha bonitinha ali, uma aqui, fez o meu coração acelerar e falhar por bater tão rápido, me fez ficar nas nuvens um pouco, e pronto, você se tornou a primeira pessoa que eu pensava quando acordava, e a última quando eu ia dormir.
Tudo bem, não preciso ficar falando sobre isso. Qualquer pessoa que me visse na rua, sabia que eu havia lhe encontrado. E eu nunca fui tão feliz. E tenho medo de nunca mais ser.
Sinto a sua falta, já disse isso um milhão de vezes só nessa “cartinha” que era pra ser apenas um bilhete te lembrando o quanto penso em você, mas direi de novo.
Eu sinto a sua falta. Eu sinto a sua falta. Eu sinto a sua falta.
Se você quiser, eu digo em um milhão de idiomas diferentes, do mesmo jeito que você me disse ‘eu te amo’ em 18 línguas.
Mas acho que não será preciso. Qualquer pessoa que preste atenção de verdade, e graças a Deus, não são muitas pessoas que prestam atenção, verá que desde que você partiu, uma parte de mim se foi e nunca mais voltou.
O pior, é que a parte que se foi, era o melhor de mim.
 

domingo, 19 de janeiro de 2014

Fábrica de sonhos.

Você quer saber de uma coisa? Se eu tivesse algum poder sobre o mundo, eu escolheria estar sentada enfrente a TV aninhada com ele, assistindo aquele desenho bobo que eu não acho a menor graça mas ele ama, ou nosso filme favorito para poder sussurrar as falas nada românticas no seu ouvido. O que importaria era estar no colo dele, nossos membros tão emaranhados a ponto de quase serem um só.
Mas eu não tenho poder sobre esse mundo. Nenhum poder.
Então me contento com ele lá, trocando juras de amor com a namorada que eu espero serem vazias; e eu aqui, remoendo nossas conversas antigas que costumavam durar horas, e não tendo nada além de espectros dele que minha mente criou e lembranças dolorosas que mesmo assim, trazendo tanto aperto ao meu coração, são as melhores da minha vida.